Em 1924 surgia a Condor Syndikat, na Alemanha. O objetivo da companhia
era ligar os Estados Unidos, a América Central e a Colômbia. Foi formada
então na Colômbia, a SCADTA (futuramente seria a
Avianca).
Enquanto
isso, chegava no Brasil, Otto Ernst Meyer, um imigrante alemão (ex-
piloto da força aérea de seu país) com objetivo de
montar uma companhia aérea no Brasil. Passando por Recife e Rio de
Janeiro, o alemão só encontrou o apoio necessário em Porto Alegre. Em
1926 ele partiu para a Alemanha para visitar o escritório da Condor
Syndikat. Lá um acordo foi feito... 21% da companhia brasileira estaria
nas mãos da Condor Syndikat e em troca a companhia emprestava um
Dornier
Do J Wal para a companhia brasileira iniciar operações, além de
funcionários para a operar a aeronave.
Em 26 de Janeiro de 1927, a Condor Syndikat recebeu autorização do governo brasileiro para operar em território nacional por um ano. Sendo assim, em 3 de Fevereiro de 1927, às 8 horas da manhã, decolava o primeiro vôo comercial do Brasil. O Dornier, batizando de "Atlântico" decolou do rio Guaíba com destino ao Rio Grande. O nome provisório da subsidiária da Condor era "Companhia Rio Grandense de Transportes Aéreos". A rota ligava Porto Alegre ao Rio Grande, com escala em Peltas e durava 2 horas e 20 minutos. O vôo ficou conhecido como "Linha da Lagoa".
Em 7 de Maio de 1927 nascia finalmente, a primeira companhia aérea brasileira: Viação Aérea Rio Grandense, mais conhecida como VARIG. Sendo assim, a Condor Syndikat passou a linha e a aeronave para a Varig em 15 de Junho de 1927. Em Dezembro do mesmo ano, a Condor Syndikat fundada outra empresa no Brasil; o Syndicato Condor (futuramente - Cruzeiro do Sul).
Em Agosto de 1927 chegou ao Brasil a segunda aeronave da Varig, um Dornier Merkur, batizado de "Gaúcho".
Em 1929 a companhia recebeu dois Klemm L25, as aeronaves transportavam malas e postais e faziam propagandas da companhia.
Em 1930, a Condor Syndikat saiu da sociedade e a Varig teve que devolver o "Gaúcho" em 25 de Junho e o "Atlântico" em 2 de Julho. Com isso a Varig passou a operar somente os Klemm. A companhia então pediu ajuda do governo e incorporou dois Junkers F-13. O primeiro chegou em 18 de Abril de 1932 e com eles a companhia passou a atender Livramento, Santa Cruz, Cruz Alta e Santana do Livramento.
Em 1937 chegou o Messerschmitt M20, que possuía banheiro à bordo. Com ele o vôo para Livramento foi estendido até Uruguaiana. No mesmo ano a companhia recebeu o Junkers JU-52, o maio avião da frota (para 21 passageiros). A aeronave era tão grande, que só decolava se houvesse um número de passageiros suficiente.
Em 1938 a Varig foi obrigada a cancelar a sua primeira linha entre Porto Alegre e Rio Grande devido à baixa ocupação. Porém a companhia fechou um acordo com a Viação Férrea do Rio Grande do Sul e passou a oferecer viagens de trem entre as cidades. Mas nessa mesma época, o Junkers JU-52 se acidentou, marcando o primeiro acidente com perda humanas da Varig.
Em 1941 a companhia recebeu novas aeronaves, dois Focke-Wulf FW-58 e um Fiat G-2.
Em 1942 a empresa recebeu um De Havilland Dragon Rapide e em 5 de Agosto de 1942 iniciou a sua primeira rota internacional, ligando Porto Alegre à Montevidéu.
A companhia ainda era pequena se comparada a Syndicato Condor e a Panair do Brasil (apenas sete aeronaves, contra mais de vinde das duas outras) e ainda começou a enfrentar problemas devido à Segunda Guerra Mundial. A maioria das aeronaves eram de origem alemã e o Brasil acabou ficando contra a Alemanha e a favor dos Estados Unidos na guerra. Com isso a peças das aeronaves alemãs, que eram maioria na frota da empresa, começaram a ficar cada vez mais difíceis de serem obtidas. Além disso Otto Ernst Meyer era alemão e decidiu sair da presidência da empresa para proteger a Varig. Otto saiu em Dezembro de 1942 e entrou em seu lugar Érico de Assis, porém ele morreu duas semanas depois da indicação. Em seu lugar entrou Ruben Martin Berta. Berta estava na empresa desde 1927 e como Otto era apaixonado pela Varig.
A primeira medida de Berta foi começar a padronizar a frota e comprar aviões norte-americanos. O primeiro foi o Lockheed Electra I; com ele a Varig iniciou o serviço de bordo.
Em 1945 Ruben Berta inovou e criou a Associação de Funcionários da Varig. A idéia de Berta era proteger a Varig e ao mesmo tempo beneficiá-la. A associação teria 50% da empresa e todos os funcionários da companhia fariam parte dela. Ela daria uma série de benefícios aos funcionários, melhorando a sua qualidade de vida e conseqüentemente a sua produção da empresa. Em Outubro de 1945 os acionistas transferiram 50% da ações para a Associação de Funcionários da Varig. A associação trouxe inúmeros benefícios para a Varig, mas também foi uma das responsáveis pela sua crise cinqüenta anos mais tarde...
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Varig recebeu vários DC-3. O primeiro vôo aconteceu em 27 de Agosto de 1946, ligando Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.
Em 1948 chegava os Curtiss C-46 e com eles a Varig chegou no nordeste do país.
Em Maio de 1952 a Varig comprou a Aero Geral e a frota da companhia ganhou mais C-46 e DC-3 e vôos para o nordeste.
Em 1954 chegaram os Convair 240, a sua velocidade de 435 km/h reduziu o tempo das viagens. A Varig chegou a opera treze unidades por todas as rotas no Brasil e para Montevidéu e Buenos Aires.
Em 1953 a Varig recebeu autorização para voar entre o Brasil e os Estados Unidos (devido a desistência da Cruzeiro). Para isso a companhia encomendou três Lockheed Super G Constellation. Em Julho de 1955 a rota para Nova York foi inaugurada. O Constellation fazia o vôo Buenos Aires - Montevidéu - Porto Alegre - São Paulo - Rio de Janeiro - Belém - Port of Spain - Trujilho - Nova York. Com o primeiro vôo internacional de longa distância, a Varig fez uma completa reestruturação. O Constellation foi configurado para apenas 66 assentos (antes 99), tornado a aeronave mais confortável. Além disso o Constellation possuía oito camas beliche e por ter mulheres e crianças com pijamas à bordo, a companhia contratou pela primeira vez mulheres. À bordo a companhia oferecia o que havia de melhor, a cozinha da Varig contava com um cozinheiro da família real russa e para muitos a comida da Varig era melhor do que de qualquer restaurante no Brasil. Em pouco tempo a Varig começou a ser reconhecida como uma das melhores companhias do mundo e passou a competir com a poderosa Pan Am. Nessa época também, a Varig e a Real (que também voava para os EUA) iniciaram uma "guerra tarifária". Porém a Real preferiu atrair os passageiros cobrando preços muitos baixos e a Varig preferiu atrair os passageiros investindo na qualidade do serviço.
Em Setembro de 1957, a Varig encomendou o seu primeiro jato; três Boeing 707-400. Em Outubro a companhia encomendou dois Caravelle. Mas devido à problemas na produção do 707, o Caravelle chegou antes. Então em Setembro de 1959 a Varig fez o primeiro vôo à jato do Brasil. Como o Boeing 707 ainda não havia chegado, o Caravelle foi para a rota Rio de Janeiro - Nova York e operou na rota até a chegada o 707. Com o Caravelle, o tempo de viagem foi reduzido de 25 para 14 horas.
Em Julho de 1959 a Varig começou a operar na ponte aérea Rio de Janeiro - São Paulo com o Convair 240.
O primeiro Boeing 707-400 chegou em 22 de Junho de 1960, e já veio trazendo os passageiros da Varig de Nova York. Com a chegada dos 707, o Constellation foi aposentado e foram inauguradas novas rotas para Nova York, como o vôo "non-stop" (sem escalas) entre o Rio de Janeiro e Nova York e o vôo partindo de Brasília.
Em Agosto de 1961, a companhia deu o seu maior salto com a compra da Real Aerovias. A Real era quase duas vezes maior que a Varig, com uma frota de mais de cem aeronaves. Porém grande parte da frota foi vendida para pagar a divida gerada com a compra. Com a compra, a Varig se tornou a líder no mercado nacional e expandiu suas rotas para Lima, Bogotá, México, Los Angeles e depois para o Tokyo. Além disso a Varig, relutante, teve que assumir a encomenda feita pela Real, dos Electras II e Convair 990. O Electra II tinha uma péssima reputação nos Estados Unidos devido à vários acidentes e o Convair 990 não tinha um grande alcance. Porém os Electra II se tornaram um grande trunfo para a Varig, fazendo com que ela dominasse a ponte aérea Rio de Janeiro - São Paulo (a rota mais lucrativas do país) por vários anos. Os dois primeiros chegaram em1962 e foram utilizados nas rotas nacionais. Por algum tempo eles também faziam o "Vôo da Amizade" ligando o Rio de Janeiro a Lisboa com escala em Recife e na Ilha do Sal. Em Setembro de 1962 os Electra II iniciaram os vôos na ponte aérea e ficaram por lá até Janeiro de 1992. Os Electra II voaram na Varig por quase trinta anos sem sofrer nenhum acidente.
Em Fevereiro de 1965, o governo militar declarou a falência da Panair do Brasil, a maior companhia aérea no mercado internacional brasileiro. As rotas nacionais ficaram com a Cruzeiro e as internacionais com a Varig. Porém ficou claro que o fechamento da Panair já tinha sido planejado. Na mesma noite do fechamento da companhia, os Boeing 707 da Varig cumpriram todas as rotas da Panair, isso deixou claro que a Varig já havia se preparado para operar as rotas da Panair vários dias antes.
Com o fim da Panair, a Varig se tornou a maior companhia aérea do Brasil e da América Latina. A companhia também havia encomendado dezessete Boeing 707-300 para cobrir as novas rotas internacionais e aumentar as freqüências. Nessa época também surgia a famosa rotas dos ventos, que passou a ser a logomarca da empresa. Com o falência da Panair do Brasil, a Varig recebeu dois Douglas DC-8-33 e passou a ser uma das poucas companhias no mundo a operar simultaneamente o DC-8, Boeing 707 e Convair 990. A Varig também começou a voar para Lisboa, Madrid, Paris, Londres e Roma. Até 1968 a companhia também iniciou vôos para Zurique, Copenhagen, Beirut e Tokyo.
Em Dezembro de 1966, Ruben Beta morreu em sua mesa de trabalho. Em homenagem à ele, a associação de funcionários passou a se chamar Fundação Ruben Berta. Em seu lugar assumiu Erik Carvalho, ex-funcionário da Panair.
Em 21 de Agosto de 1970, a Varig iniciou vôos para África na rota Rio de Janeiro - Luanda - Johanesburgo. Também em 1970, a companhia recebeu os HS 748, também conhecidos como "Avro", que substituíram o DC-3 e chegaram a operar na ponte aérea Rio - São Paulo. Também chegavam nesse ano os primeiros Boeing 727.
Em Dezembro de 1972, a Varig escolheu o Douglas DC-10-30 como o novo avião intercontinental. A companhia estava estudando o Boeing 747 ou o DC-10 e acabou escolhendo o DC-10, pois ele era menor e mais econômico, refletindo melhor a demanda de passageiros.
Em Fevereiro de 1974 a companhia encomendou os Boeing 737-200 e os primeiros chegaram em Outubro do mesmo ano. O primeiro DC-10-30 da Varig chegou em Maio de 1974 e iniciou serviços regulares em Julho na rotas para Nova York e para Europa. O DC-10 foi o primeiro "wide-body" (avião de fuselagem larga) da Varig e do Brasil, era o que havia de mais moderno na época.
Em 1975 a Cruzeiro do Sul não estava bem financeiramente e negociava a sua venda para a Vasp. Porém em Maio desse ano, quem comprou a Cruzeiro foi a Varig. Com isso a Varig passou a dominar 100% do mercado internacional, ou seja, era a única companhia aérea brasileira a ter vôos internacionais, posição que manteve até a década de 90. A Varig manteve o nome Cruzeiro até 1993 e sempre usava a companhia para testar novos produtos.
Em 1976, o governo determinou a criação de companhias regionais para aumentar o número de cidades atendidas. A Varig se associou à Top Taxi Aéreo e criou a Rio Sul. A Rio Sul ficou responsável por atender toda a região sul e o estado do Rio de Janeiro, além de parte do estado de São Paulo e Espírito Santo. Com isso a Varig começou a reduzir ainda mais os seus vôos regionais e se concentrar nos vôos de maior demanda de passageiros.
Na década de 70 a Varig estava no seu auge. Era a maior companhia aérea da América Latina, a maior empresa privada do Brasil, a maior empresa aérea privada fora dos EUA, a oitava do mundo em carga transportada e a vigésima segunda em passageiros transportados. Além disso era considerada uma das melhores companhias do mundo e dominava 50% do mercado nacional e 100% do internacional. Com o fim da década de 70, a Varig encerra o seu "super crescimento" e enfrenta a década de 80 com um crescimento mais modesto.
Com uma posição de destaque na aviação comercial mundial, as fabricantes queriam que a maior companhia da América Latina operasse suas aeronaves, como foi o caso do Concorde e do Airbus A300. O Concorde não entrou em operação na Varig, mas o Airbus sim. Em Abril de 1979, a Varig encomenda dois Airbus A300B4.
Em Junho de 1980 o primeiro Airbus do Brasil entra em operação, mas não nas cores da Varig e sim nas da Cruzeiro e voando nas rotas para a América do Sul. O Airbus se mostrou uma ótima aeronave, muito silenciosa e muito confortável. Com o sucesso do A300 na Cruzeiro, a Varig recebe mais dois A300 em Junho de 1981 e os pintou nas suas próprias cores. O A300 estreou na Varig na rota São Paulo - Santiago. O A300 passou a ser a maior aeronave operando no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Em Janeiro de 1981 a Varig encomenda três Boeing 747. A companhia demonstrava interesse na aeronave desde a década de 70, mas o 747 era grande demais para a demanda de passageiros. Os 747 encomendados eram da versão 747-200B, que eram metade para passageiros e metade para carga, com isso o 747 se tornava mais adequado para as rotas da Varig. O 747 estreou na companhia em 12 de Fevereiro de 1981 na rota Rio de Janeiro - Nova York, competindo diretamente com o Boeing 747-100 da Pan Am. Com a chegada dos outros dois, a Varig iniciou o vôo com o 747-200 na rota Rio de Janeiro - Paris - Frankfurt.
Em 1985 a companhia encomenda a mais nova versão do 747, o Boeing 747-300. Os dois 747-300 Combi (metade passageiros, metade carga) chegaram em Dezembro de 1985 e substituíram o DC-10-30 na rota Rio de Janeiro - Los Angeles - Tokyo. Em 1988 a Varig recebeu mais três Boeing 747-300, dessa vez totalmente para passageiros. Os 747-300 "full-pax" da Varig chegaram a ser configurados para 408 passageiros em três classes.
Em Março de 1987 a Varig recebeu seis Boeing 767-200ER para substituir os A300. Os 767 foram negociados à preços bem baixos, pois a Boeing queria que a Varig deixasse de operar aeronaves da Airbus. A Varig foi a primeira companhia do mundo a operar o 767 com turbinas da General Electric.
Em 1988 a companhia recebeu quatro Boeing 767-200ER e começou a receber os primeiros Boeing 737-300, que passaram a ser a principal aeronave para vôos nacionais da companhia até a sua "falência" em 2006.
Em 1989 a Varig foi a primeira companhia aérea a usar o aeroporto de Guarulhos, pousando com o seu Boeing 747 no vôo vindo de Nova York. A partir de 1989, a Varig começou a transferir os vôos internacionais para Guarulhos.
No inicio da década de 90, a companhia começou a voar para Chicago, Orlando, Washington, Atlanta, Porto e Barcelona. Porém essa década foi o inicio do fim da empresa...
Em 1990 a Varig perde o monopólio das rotas internacionais. A TransBrasil e depois a Vasp iniciam vôos internacionais, aumentando a concorrência e diminuindo os lucros da Varig.
Em Novembro de 1991 a Varig é uma das primeiras companhias aéreas no mundo a opera o novo McDonnell Douglas MD-11. Ele iniciou os seus serviços na rota São Paulo - Rio de Janeiro - Paris - Amsterdã. A parir daí o MD-11 passou a ser a principal aeronave para vôos internacionais da Varig. Em Dezembro do mesmo ano, chegou o primeiro Boeing 747-400, que operou na rota São Paulo - Roma. Posteriormente a companhia recebeu mais dois 747-400 e com ele, em 1993, inaugurou a rota Rio de Janeiro -São Paulo - Johanesburgo - Bangkok - Hong Kong. Porém os 747 foram negociados em moeda japonesa e houve uma grande valorização da moeda japonesa em relação à brasileira, fazendo com que mesmo com 100% de ocupação, o 747-400 tivesse prejuízo. Além disso, a concorrência no mercado internacional estava ficando cada vez mais forte; antes somente a Varig e a Pan Am voavam entre o Brasil e os EUA e em menos de um ano elas tiveram que competir com Vasp, TransBrasil, Eastern, American Airlines, United, Tower Air, Delta e Continental ! Resultado, antes os vôos partiam lotados e o preço era alto e agora os vôos saiam bem mais vazios e o preço era menos da metade. Com isso, a Varig devolveu os Boeing 747-400 em 1994, com apenas três anos de operação na companhia.
Além de "sofrer" no mercado internacional, a Varig começava a ser incomodada por uma pequena empresa do interior de São Paulo, que vinha numa grande expansão com os seus Fokker 100 : a Tam. Ela estava em grande vantagem por usar jatos contra os turbo-hélices da subsidiária da Varig, a Rio Sul.
Em 1995 a Fundação Ruben Berta demitiu, pela primeira vez, o presidente da Varig. Aliás a Fundação Ruben Berta também contribuiu para a crise da Varig. A fundação já dominava mais de 80% da companhia e qualquer membro da associação podia ocupar o cargo máximo e muitas vezes a pessoa não tinha preparo técnico para ocupar o cargo e acabava tomando decisões equivocadas. A fundação vinha cada vez mais interferindo na empresa e nas decisões do presidente. Entre 2002 e 2005 a Varig teve nada menos de nove presidentes, todos demitidos pela Fundação Ruben Berta.
Com as dívidas aumentando, a Varig vendeu todas as suas aeronaves e às alugou de volta (Sale and lease back), ou seja, a companhia começou a pagar um aluguel pelas aeronaves que antes eram dela.
Em 1995 a Varig comprou 49% da Pluna, que passou a fazer parte do grupo. No mesmo ano, a Nordeste foi comprada pela Rio Sul e também passou a fazer parte do grupo Varig.
Em Setembro de 1996, um Boeing 747-300 apresentou as novas cores da companhia, a antiga pintura foi uma das mais duradoras da mundo (de 1955 à 1996).
Em Novembro de 1997 a Varig é a primeira companhia a entrar na Star Alliance. Porém as dividas da companhia continuavam a crescer e a Varig começou a cortar rotas e devolveu quatorze aeronaves. A oferta de assentos foi reduzida em 20% no mercado internacional e 17% no nacional. Mesmo assim, a Varig encomendou vinte e duas novas aeronaves dos modelos Boeing 737-700, Boeing 737-800 e Boeing 777-200.
Em Agosto de 1998 a Varig saiu do pool da ponte aérea (com Vasp e TransBrasil) e passou a opera com a sua subsidiária Rio Sul. No mesmo ano, a companhia recebeu o primeiro Boeing 737-700, sendo a primeira da América Latina a opera esse modelo.
Em 1999 a companhia retirou de operação os DC-10-30 e deixou de operar com o Boeing 747, retirando de operação os últimos 747-300.
Chega o século XXI e a Varig com muitas mudanças... Em Janeiro de 2001, a Gol começa a operar e puxou os preços para baixo, fazendo a rentabilidade dos vôos nacionais diminuir. Em Março, a Varig perdeu a liderança no mercado nacional para a Tam (a Varig era a líder desde 1961). Porém se somássemos as participações da Varig, Rio Sul e Nordeste, a Tam só passou a Varig em 2003. Em 11 de Setembro de 2001 a aviação comercial mundial sentiu uma nova e forte crise com os atentados terroristas. Enquanto as companhias mais "modernas" rapidamente diminuíram sua oferta, as "tradicionais" como a Varig continuaram a atender todos os destinos internacionais e seus aviões voaram vazios e no prejuízo. Conclusão: a Varig devolveu mais 22 aeronaves e cortou mais rotas. Em Novembro, a Varig foi a primeira companhia aérea da América Latina a opera o Boeing 777 e o Boeing 737-800. O 777-200 foi inaugurado em 15 de Novembro, na rota Rio de Janeiro - São Paulo - Londres - Copenhagen. O 777 trouxe várias inovações, dentre elas a internet à bordo e a Varig foi a terceira companhia do mundo a oferecer internet à bordo. Os dois 777 foram batizados e "Otto Meyer" e "Ruben Berta", foram as duas últimas aeronaves novas recebidas pela companhia. As novidades do 737-800 foi o "winglets", que reduz o consumo de combustível e os monitores de vídeo à bordo. Com o 777 e o 737-800 a Varig se equiparava à Tam com os seus modernos Airbus A319/320 e A330-200. Mas devido à crise financeira, as vinte e duas encomendas foram reduzidas a cinco 737-700, dois 737-800 e dois 777-200. Também em 2001, a companhia criou a Varig VEM (Varig Engenharia e Manutenção) que se tornou um dos dez melhores do mundo.
Em 2003 a Varig "ensaiou" uma fusão com a Tam e houve um Code-Share entre as duas no mercado nacional. Por um lado a Varig se beneficiou com uma melhora na ocupação dos vôos e da rentabilidade. Porém por outro lado as pessoas que só voavam Varig e que começaram a voar Tam, gostaram e no final das contas muitos passageiros trocaram a Varig pela Tam. A tentativa de fusão não deu certo, pois enfrentou grande resistência da Fundação Ruben Berta e dos funcionários.
Afogada em dívidas, a Varig foi obrigada a organizar um plano de emergência para se reestruturar. A companhia então iniciou, em 2002, a incorporação das suas subsidiárias, Rio Sul e Nordeste. Além disso mais rotas foram canceladas e mais de dez aeronaves foram devolvidas, entre eles todos os Boeing 767-200. A Varig chegou até a reativar os Boeing 737-200 para não reduzir tanto a oferta de assentos.
Em 2004 a companhia recebeu o seu último modelo de aeronave, o Boeing 757. Como a Boeing havia anunciado o fim da produção de 757, o preço da aeronave despencou e a Varig aproveitou para alugar quatro exemplares. A Varig também recebeu novas aeronaves Boeing 777-200 e MD-11, todos usados. O objetivo da Varig era substituir mais rapidamente os MD-11 por Boeing 777, mas os 777 eram velhos e não estavam em bom estado de conservação. Também em 2004 a companhia anunciou o fim das operações com o ERJ-145, pois o leasing da aeronave era mais caro do que a do Boeing 737-500, sendo que o Boeing transportava 120 passageiros contra 50 do ERJ. Além disso a Varig passou a operar somente aeronaves da Boeing, reduzindo os custos. Nesse ano a Varig voltou a voar para Johanesburgo e Cidade do Cabo, mas cancelou o vôo meses depois.
Em Junho de 2005 a Gol passou a Varig no mercado nacional. Também em 2005 a companhia entrou com um pedido de recuperação judicial. Nesse ano a frota da companhia foi reduzida à pouco mais sessenta aeronaves operantes e a Tam já tinha oitenta. Porém a Varig tinha mais que o dobro de funcionários que a Tam. O motivo era que a Fundação Ruben Berta não permitia uma demissão se quer, apesar da frota ter encolhido para menos da metade, os tripulantes de aeronaves já devolvidas à anos atrás , continuavam a receber seus salários mesmo sem voar. Quase sem dinheiro, a companhia vendeu a VarigLog para a VOLO e a VEM para a Tap. Chegaram a especular uma possível compra da Varig pela Tap, mas não aconteceu. Sem dinheiro para pagar o aluguel dos aviões, houveram vários casos em que a aviões da Varig foram apreendidos em aeroportos estrangeiros.
2006 é o último ano da companhia. Em Janeiro, devido à Copa, a Varig voltou a voar para Munique. Em acordo com a Tap, a Varig deixa de voar para Lisboa, deixando o mercado entre Brasil e Portugal exclusivamente para a Tap. Outro vôo cancelado foi para Tokyo, em Janeiro, e com isso a Varig deixou de voar para o Japão (o vôo para Nagoya já tinha sido cancelado em meados de 2004). Em Abril, os funcionários da companhia fretaram um MD-11 da própria Varig e foram protestar em Brasília, mas sem sucesso. Em Junho, a companhia entrou em colapso e quase toda a frota ficou parada, pois se decolassem elas seriam arrestadas pelas empresas de leasing. Em 21 de Junho de 2006, a Varig cancelou todos os vôos para Milão, Madrid, Munique, Paris, Los Angeles, Nova York, México, Montevidéu, Assunção e Bogotá. Com isso a companhia passou a operar somente para Buenos Aires, Caracas, Aruba, Santa Cruz de La Sierra, Miami, Copenhague, Frankfurt e Londres. Vários passageiros ficaram presos no aeroportos da Europa e Estados Unidos, pois nenhuma companhia aceitava os bilhetes da Varig. Em Julho a companhia foi dividida em duas: a "antiga Varig" ficou com toda a divida e a "nova Varig" ficou com a parte saudável da empresa. Foi feito um leilão e houveram boatos de uma possível compra pela Lan e Air Canada, mas a única oferta foi dos próprios funcionários e que nem tinham o dinheiro todo. Um novo leilão foi feito e em 20 de Julho de 2006, e a empresa foi comprada pelo fundo de pensão americano Matlin Patterson (VOLO Brasil), a mesma que comprou a Varig Log . Batizada de VRG Linhas Aéreas, a empresa continuou a operar com o CHETA da antiga Varig até Dezembro.
Em 14 de Dezembro de 2006 a VRG Linhas Aéreas ganhou o seu próprio CHETA e a "Varig - Viação Aérea Rio Grandense" deixou de voar oficialmente colocando fim à seus quase oitenta anos de história.
Em 26 de Janeiro de 1927, a Condor Syndikat recebeu autorização do governo brasileiro para operar em território nacional por um ano. Sendo assim, em 3 de Fevereiro de 1927, às 8 horas da manhã, decolava o primeiro vôo comercial do Brasil. O Dornier, batizando de "Atlântico" decolou do rio Guaíba com destino ao Rio Grande. O nome provisório da subsidiária da Condor era "Companhia Rio Grandense de Transportes Aéreos". A rota ligava Porto Alegre ao Rio Grande, com escala em Peltas e durava 2 horas e 20 minutos. O vôo ficou conhecido como "Linha da Lagoa".
Em 7 de Maio de 1927 nascia finalmente, a primeira companhia aérea brasileira: Viação Aérea Rio Grandense, mais conhecida como VARIG. Sendo assim, a Condor Syndikat passou a linha e a aeronave para a Varig em 15 de Junho de 1927. Em Dezembro do mesmo ano, a Condor Syndikat fundada outra empresa no Brasil; o Syndicato Condor (futuramente - Cruzeiro do Sul).
Em Agosto de 1927 chegou ao Brasil a segunda aeronave da Varig, um Dornier Merkur, batizado de "Gaúcho".
Em 1929 a companhia recebeu dois Klemm L25, as aeronaves transportavam malas e postais e faziam propagandas da companhia.
Em 1930, a Condor Syndikat saiu da sociedade e a Varig teve que devolver o "Gaúcho" em 25 de Junho e o "Atlântico" em 2 de Julho. Com isso a Varig passou a operar somente os Klemm. A companhia então pediu ajuda do governo e incorporou dois Junkers F-13. O primeiro chegou em 18 de Abril de 1932 e com eles a companhia passou a atender Livramento, Santa Cruz, Cruz Alta e Santana do Livramento.
Em 1937 chegou o Messerschmitt M20, que possuía banheiro à bordo. Com ele o vôo para Livramento foi estendido até Uruguaiana. No mesmo ano a companhia recebeu o Junkers JU-52, o maio avião da frota (para 21 passageiros). A aeronave era tão grande, que só decolava se houvesse um número de passageiros suficiente.
Em 1938 a Varig foi obrigada a cancelar a sua primeira linha entre Porto Alegre e Rio Grande devido à baixa ocupação. Porém a companhia fechou um acordo com a Viação Férrea do Rio Grande do Sul e passou a oferecer viagens de trem entre as cidades. Mas nessa mesma época, o Junkers JU-52 se acidentou, marcando o primeiro acidente com perda humanas da Varig.
Em 1941 a companhia recebeu novas aeronaves, dois Focke-Wulf FW-58 e um Fiat G-2.
Em 1942 a empresa recebeu um De Havilland Dragon Rapide e em 5 de Agosto de 1942 iniciou a sua primeira rota internacional, ligando Porto Alegre à Montevidéu.
A companhia ainda era pequena se comparada a Syndicato Condor e a Panair do Brasil (apenas sete aeronaves, contra mais de vinde das duas outras) e ainda começou a enfrentar problemas devido à Segunda Guerra Mundial. A maioria das aeronaves eram de origem alemã e o Brasil acabou ficando contra a Alemanha e a favor dos Estados Unidos na guerra. Com isso a peças das aeronaves alemãs, que eram maioria na frota da empresa, começaram a ficar cada vez mais difíceis de serem obtidas. Além disso Otto Ernst Meyer era alemão e decidiu sair da presidência da empresa para proteger a Varig. Otto saiu em Dezembro de 1942 e entrou em seu lugar Érico de Assis, porém ele morreu duas semanas depois da indicação. Em seu lugar entrou Ruben Martin Berta. Berta estava na empresa desde 1927 e como Otto era apaixonado pela Varig.
A primeira medida de Berta foi começar a padronizar a frota e comprar aviões norte-americanos. O primeiro foi o Lockheed Electra I; com ele a Varig iniciou o serviço de bordo.
Em 1945 Ruben Berta inovou e criou a Associação de Funcionários da Varig. A idéia de Berta era proteger a Varig e ao mesmo tempo beneficiá-la. A associação teria 50% da empresa e todos os funcionários da companhia fariam parte dela. Ela daria uma série de benefícios aos funcionários, melhorando a sua qualidade de vida e conseqüentemente a sua produção da empresa. Em Outubro de 1945 os acionistas transferiram 50% da ações para a Associação de Funcionários da Varig. A associação trouxe inúmeros benefícios para a Varig, mas também foi uma das responsáveis pela sua crise cinqüenta anos mais tarde...
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Varig recebeu vários DC-3. O primeiro vôo aconteceu em 27 de Agosto de 1946, ligando Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.
Em 1948 chegava os Curtiss C-46 e com eles a Varig chegou no nordeste do país.
Em Maio de 1952 a Varig comprou a Aero Geral e a frota da companhia ganhou mais C-46 e DC-3 e vôos para o nordeste.
Em 1954 chegaram os Convair 240, a sua velocidade de 435 km/h reduziu o tempo das viagens. A Varig chegou a opera treze unidades por todas as rotas no Brasil e para Montevidéu e Buenos Aires.
Em 1953 a Varig recebeu autorização para voar entre o Brasil e os Estados Unidos (devido a desistência da Cruzeiro). Para isso a companhia encomendou três Lockheed Super G Constellation. Em Julho de 1955 a rota para Nova York foi inaugurada. O Constellation fazia o vôo Buenos Aires - Montevidéu - Porto Alegre - São Paulo - Rio de Janeiro - Belém - Port of Spain - Trujilho - Nova York. Com o primeiro vôo internacional de longa distância, a Varig fez uma completa reestruturação. O Constellation foi configurado para apenas 66 assentos (antes 99), tornado a aeronave mais confortável. Além disso o Constellation possuía oito camas beliche e por ter mulheres e crianças com pijamas à bordo, a companhia contratou pela primeira vez mulheres. À bordo a companhia oferecia o que havia de melhor, a cozinha da Varig contava com um cozinheiro da família real russa e para muitos a comida da Varig era melhor do que de qualquer restaurante no Brasil. Em pouco tempo a Varig começou a ser reconhecida como uma das melhores companhias do mundo e passou a competir com a poderosa Pan Am. Nessa época também, a Varig e a Real (que também voava para os EUA) iniciaram uma "guerra tarifária". Porém a Real preferiu atrair os passageiros cobrando preços muitos baixos e a Varig preferiu atrair os passageiros investindo na qualidade do serviço.
Em Setembro de 1957, a Varig encomendou o seu primeiro jato; três Boeing 707-400. Em Outubro a companhia encomendou dois Caravelle. Mas devido à problemas na produção do 707, o Caravelle chegou antes. Então em Setembro de 1959 a Varig fez o primeiro vôo à jato do Brasil. Como o Boeing 707 ainda não havia chegado, o Caravelle foi para a rota Rio de Janeiro - Nova York e operou na rota até a chegada o 707. Com o Caravelle, o tempo de viagem foi reduzido de 25 para 14 horas.
Em Julho de 1959 a Varig começou a operar na ponte aérea Rio de Janeiro - São Paulo com o Convair 240.
O primeiro Boeing 707-400 chegou em 22 de Junho de 1960, e já veio trazendo os passageiros da Varig de Nova York. Com a chegada dos 707, o Constellation foi aposentado e foram inauguradas novas rotas para Nova York, como o vôo "non-stop" (sem escalas) entre o Rio de Janeiro e Nova York e o vôo partindo de Brasília.
Em Agosto de 1961, a companhia deu o seu maior salto com a compra da Real Aerovias. A Real era quase duas vezes maior que a Varig, com uma frota de mais de cem aeronaves. Porém grande parte da frota foi vendida para pagar a divida gerada com a compra. Com a compra, a Varig se tornou a líder no mercado nacional e expandiu suas rotas para Lima, Bogotá, México, Los Angeles e depois para o Tokyo. Além disso a Varig, relutante, teve que assumir a encomenda feita pela Real, dos Electras II e Convair 990. O Electra II tinha uma péssima reputação nos Estados Unidos devido à vários acidentes e o Convair 990 não tinha um grande alcance. Porém os Electra II se tornaram um grande trunfo para a Varig, fazendo com que ela dominasse a ponte aérea Rio de Janeiro - São Paulo (a rota mais lucrativas do país) por vários anos. Os dois primeiros chegaram em1962 e foram utilizados nas rotas nacionais. Por algum tempo eles também faziam o "Vôo da Amizade" ligando o Rio de Janeiro a Lisboa com escala em Recife e na Ilha do Sal. Em Setembro de 1962 os Electra II iniciaram os vôos na ponte aérea e ficaram por lá até Janeiro de 1992. Os Electra II voaram na Varig por quase trinta anos sem sofrer nenhum acidente.
Em Fevereiro de 1965, o governo militar declarou a falência da Panair do Brasil, a maior companhia aérea no mercado internacional brasileiro. As rotas nacionais ficaram com a Cruzeiro e as internacionais com a Varig. Porém ficou claro que o fechamento da Panair já tinha sido planejado. Na mesma noite do fechamento da companhia, os Boeing 707 da Varig cumpriram todas as rotas da Panair, isso deixou claro que a Varig já havia se preparado para operar as rotas da Panair vários dias antes.
Com o fim da Panair, a Varig se tornou a maior companhia aérea do Brasil e da América Latina. A companhia também havia encomendado dezessete Boeing 707-300 para cobrir as novas rotas internacionais e aumentar as freqüências. Nessa época também surgia a famosa rotas dos ventos, que passou a ser a logomarca da empresa. Com o falência da Panair do Brasil, a Varig recebeu dois Douglas DC-8-33 e passou a ser uma das poucas companhias no mundo a operar simultaneamente o DC-8, Boeing 707 e Convair 990. A Varig também começou a voar para Lisboa, Madrid, Paris, Londres e Roma. Até 1968 a companhia também iniciou vôos para Zurique, Copenhagen, Beirut e Tokyo.
Em Dezembro de 1966, Ruben Beta morreu em sua mesa de trabalho. Em homenagem à ele, a associação de funcionários passou a se chamar Fundação Ruben Berta. Em seu lugar assumiu Erik Carvalho, ex-funcionário da Panair.
Em 21 de Agosto de 1970, a Varig iniciou vôos para África na rota Rio de Janeiro - Luanda - Johanesburgo. Também em 1970, a companhia recebeu os HS 748, também conhecidos como "Avro", que substituíram o DC-3 e chegaram a operar na ponte aérea Rio - São Paulo. Também chegavam nesse ano os primeiros Boeing 727.
Em Dezembro de 1972, a Varig escolheu o Douglas DC-10-30 como o novo avião intercontinental. A companhia estava estudando o Boeing 747 ou o DC-10 e acabou escolhendo o DC-10, pois ele era menor e mais econômico, refletindo melhor a demanda de passageiros.
Em Fevereiro de 1974 a companhia encomendou os Boeing 737-200 e os primeiros chegaram em Outubro do mesmo ano. O primeiro DC-10-30 da Varig chegou em Maio de 1974 e iniciou serviços regulares em Julho na rotas para Nova York e para Europa. O DC-10 foi o primeiro "wide-body" (avião de fuselagem larga) da Varig e do Brasil, era o que havia de mais moderno na época.
Em 1975 a Cruzeiro do Sul não estava bem financeiramente e negociava a sua venda para a Vasp. Porém em Maio desse ano, quem comprou a Cruzeiro foi a Varig. Com isso a Varig passou a dominar 100% do mercado internacional, ou seja, era a única companhia aérea brasileira a ter vôos internacionais, posição que manteve até a década de 90. A Varig manteve o nome Cruzeiro até 1993 e sempre usava a companhia para testar novos produtos.
Em 1976, o governo determinou a criação de companhias regionais para aumentar o número de cidades atendidas. A Varig se associou à Top Taxi Aéreo e criou a Rio Sul. A Rio Sul ficou responsável por atender toda a região sul e o estado do Rio de Janeiro, além de parte do estado de São Paulo e Espírito Santo. Com isso a Varig começou a reduzir ainda mais os seus vôos regionais e se concentrar nos vôos de maior demanda de passageiros.
Na década de 70 a Varig estava no seu auge. Era a maior companhia aérea da América Latina, a maior empresa privada do Brasil, a maior empresa aérea privada fora dos EUA, a oitava do mundo em carga transportada e a vigésima segunda em passageiros transportados. Além disso era considerada uma das melhores companhias do mundo e dominava 50% do mercado nacional e 100% do internacional. Com o fim da década de 70, a Varig encerra o seu "super crescimento" e enfrenta a década de 80 com um crescimento mais modesto.
Com uma posição de destaque na aviação comercial mundial, as fabricantes queriam que a maior companhia da América Latina operasse suas aeronaves, como foi o caso do Concorde e do Airbus A300. O Concorde não entrou em operação na Varig, mas o Airbus sim. Em Abril de 1979, a Varig encomenda dois Airbus A300B4.
Em Junho de 1980 o primeiro Airbus do Brasil entra em operação, mas não nas cores da Varig e sim nas da Cruzeiro e voando nas rotas para a América do Sul. O Airbus se mostrou uma ótima aeronave, muito silenciosa e muito confortável. Com o sucesso do A300 na Cruzeiro, a Varig recebe mais dois A300 em Junho de 1981 e os pintou nas suas próprias cores. O A300 estreou na Varig na rota São Paulo - Santiago. O A300 passou a ser a maior aeronave operando no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Em Janeiro de 1981 a Varig encomenda três Boeing 747. A companhia demonstrava interesse na aeronave desde a década de 70, mas o 747 era grande demais para a demanda de passageiros. Os 747 encomendados eram da versão 747-200B, que eram metade para passageiros e metade para carga, com isso o 747 se tornava mais adequado para as rotas da Varig. O 747 estreou na companhia em 12 de Fevereiro de 1981 na rota Rio de Janeiro - Nova York, competindo diretamente com o Boeing 747-100 da Pan Am. Com a chegada dos outros dois, a Varig iniciou o vôo com o 747-200 na rota Rio de Janeiro - Paris - Frankfurt.
Em 1985 a companhia encomenda a mais nova versão do 747, o Boeing 747-300. Os dois 747-300 Combi (metade passageiros, metade carga) chegaram em Dezembro de 1985 e substituíram o DC-10-30 na rota Rio de Janeiro - Los Angeles - Tokyo. Em 1988 a Varig recebeu mais três Boeing 747-300, dessa vez totalmente para passageiros. Os 747-300 "full-pax" da Varig chegaram a ser configurados para 408 passageiros em três classes.
Em Março de 1987 a Varig recebeu seis Boeing 767-200ER para substituir os A300. Os 767 foram negociados à preços bem baixos, pois a Boeing queria que a Varig deixasse de operar aeronaves da Airbus. A Varig foi a primeira companhia do mundo a operar o 767 com turbinas da General Electric.
Em 1988 a companhia recebeu quatro Boeing 767-200ER e começou a receber os primeiros Boeing 737-300, que passaram a ser a principal aeronave para vôos nacionais da companhia até a sua "falência" em 2006.
Em 1989 a Varig foi a primeira companhia aérea a usar o aeroporto de Guarulhos, pousando com o seu Boeing 747 no vôo vindo de Nova York. A partir de 1989, a Varig começou a transferir os vôos internacionais para Guarulhos.
No inicio da década de 90, a companhia começou a voar para Chicago, Orlando, Washington, Atlanta, Porto e Barcelona. Porém essa década foi o inicio do fim da empresa...
Em 1990 a Varig perde o monopólio das rotas internacionais. A TransBrasil e depois a Vasp iniciam vôos internacionais, aumentando a concorrência e diminuindo os lucros da Varig.
Em Novembro de 1991 a Varig é uma das primeiras companhias aéreas no mundo a opera o novo McDonnell Douglas MD-11. Ele iniciou os seus serviços na rota São Paulo - Rio de Janeiro - Paris - Amsterdã. A parir daí o MD-11 passou a ser a principal aeronave para vôos internacionais da Varig. Em Dezembro do mesmo ano, chegou o primeiro Boeing 747-400, que operou na rota São Paulo - Roma. Posteriormente a companhia recebeu mais dois 747-400 e com ele, em 1993, inaugurou a rota Rio de Janeiro -São Paulo - Johanesburgo - Bangkok - Hong Kong. Porém os 747 foram negociados em moeda japonesa e houve uma grande valorização da moeda japonesa em relação à brasileira, fazendo com que mesmo com 100% de ocupação, o 747-400 tivesse prejuízo. Além disso, a concorrência no mercado internacional estava ficando cada vez mais forte; antes somente a Varig e a Pan Am voavam entre o Brasil e os EUA e em menos de um ano elas tiveram que competir com Vasp, TransBrasil, Eastern, American Airlines, United, Tower Air, Delta e Continental ! Resultado, antes os vôos partiam lotados e o preço era alto e agora os vôos saiam bem mais vazios e o preço era menos da metade. Com isso, a Varig devolveu os Boeing 747-400 em 1994, com apenas três anos de operação na companhia.
Além de "sofrer" no mercado internacional, a Varig começava a ser incomodada por uma pequena empresa do interior de São Paulo, que vinha numa grande expansão com os seus Fokker 100 : a Tam. Ela estava em grande vantagem por usar jatos contra os turbo-hélices da subsidiária da Varig, a Rio Sul.
Em 1995 a Fundação Ruben Berta demitiu, pela primeira vez, o presidente da Varig. Aliás a Fundação Ruben Berta também contribuiu para a crise da Varig. A fundação já dominava mais de 80% da companhia e qualquer membro da associação podia ocupar o cargo máximo e muitas vezes a pessoa não tinha preparo técnico para ocupar o cargo e acabava tomando decisões equivocadas. A fundação vinha cada vez mais interferindo na empresa e nas decisões do presidente. Entre 2002 e 2005 a Varig teve nada menos de nove presidentes, todos demitidos pela Fundação Ruben Berta.
Com as dívidas aumentando, a Varig vendeu todas as suas aeronaves e às alugou de volta (Sale and lease back), ou seja, a companhia começou a pagar um aluguel pelas aeronaves que antes eram dela.
Em 1995 a Varig comprou 49% da Pluna, que passou a fazer parte do grupo. No mesmo ano, a Nordeste foi comprada pela Rio Sul e também passou a fazer parte do grupo Varig.
Em Setembro de 1996, um Boeing 747-300 apresentou as novas cores da companhia, a antiga pintura foi uma das mais duradoras da mundo (de 1955 à 1996).
Em Novembro de 1997 a Varig é a primeira companhia a entrar na Star Alliance. Porém as dividas da companhia continuavam a crescer e a Varig começou a cortar rotas e devolveu quatorze aeronaves. A oferta de assentos foi reduzida em 20% no mercado internacional e 17% no nacional. Mesmo assim, a Varig encomendou vinte e duas novas aeronaves dos modelos Boeing 737-700, Boeing 737-800 e Boeing 777-200.
Em Agosto de 1998 a Varig saiu do pool da ponte aérea (com Vasp e TransBrasil) e passou a opera com a sua subsidiária Rio Sul. No mesmo ano, a companhia recebeu o primeiro Boeing 737-700, sendo a primeira da América Latina a opera esse modelo.
Em 1999 a companhia retirou de operação os DC-10-30 e deixou de operar com o Boeing 747, retirando de operação os últimos 747-300.
Chega o século XXI e a Varig com muitas mudanças... Em Janeiro de 2001, a Gol começa a operar e puxou os preços para baixo, fazendo a rentabilidade dos vôos nacionais diminuir. Em Março, a Varig perdeu a liderança no mercado nacional para a Tam (a Varig era a líder desde 1961). Porém se somássemos as participações da Varig, Rio Sul e Nordeste, a Tam só passou a Varig em 2003. Em 11 de Setembro de 2001 a aviação comercial mundial sentiu uma nova e forte crise com os atentados terroristas. Enquanto as companhias mais "modernas" rapidamente diminuíram sua oferta, as "tradicionais" como a Varig continuaram a atender todos os destinos internacionais e seus aviões voaram vazios e no prejuízo. Conclusão: a Varig devolveu mais 22 aeronaves e cortou mais rotas. Em Novembro, a Varig foi a primeira companhia aérea da América Latina a opera o Boeing 777 e o Boeing 737-800. O 777-200 foi inaugurado em 15 de Novembro, na rota Rio de Janeiro - São Paulo - Londres - Copenhagen. O 777 trouxe várias inovações, dentre elas a internet à bordo e a Varig foi a terceira companhia do mundo a oferecer internet à bordo. Os dois 777 foram batizados e "Otto Meyer" e "Ruben Berta", foram as duas últimas aeronaves novas recebidas pela companhia. As novidades do 737-800 foi o "winglets", que reduz o consumo de combustível e os monitores de vídeo à bordo. Com o 777 e o 737-800 a Varig se equiparava à Tam com os seus modernos Airbus A319/320 e A330-200. Mas devido à crise financeira, as vinte e duas encomendas foram reduzidas a cinco 737-700, dois 737-800 e dois 777-200. Também em 2001, a companhia criou a Varig VEM (Varig Engenharia e Manutenção) que se tornou um dos dez melhores do mundo.
Em 2003 a Varig "ensaiou" uma fusão com a Tam e houve um Code-Share entre as duas no mercado nacional. Por um lado a Varig se beneficiou com uma melhora na ocupação dos vôos e da rentabilidade. Porém por outro lado as pessoas que só voavam Varig e que começaram a voar Tam, gostaram e no final das contas muitos passageiros trocaram a Varig pela Tam. A tentativa de fusão não deu certo, pois enfrentou grande resistência da Fundação Ruben Berta e dos funcionários.
Afogada em dívidas, a Varig foi obrigada a organizar um plano de emergência para se reestruturar. A companhia então iniciou, em 2002, a incorporação das suas subsidiárias, Rio Sul e Nordeste. Além disso mais rotas foram canceladas e mais de dez aeronaves foram devolvidas, entre eles todos os Boeing 767-200. A Varig chegou até a reativar os Boeing 737-200 para não reduzir tanto a oferta de assentos.
Em 2004 a companhia recebeu o seu último modelo de aeronave, o Boeing 757. Como a Boeing havia anunciado o fim da produção de 757, o preço da aeronave despencou e a Varig aproveitou para alugar quatro exemplares. A Varig também recebeu novas aeronaves Boeing 777-200 e MD-11, todos usados. O objetivo da Varig era substituir mais rapidamente os MD-11 por Boeing 777, mas os 777 eram velhos e não estavam em bom estado de conservação. Também em 2004 a companhia anunciou o fim das operações com o ERJ-145, pois o leasing da aeronave era mais caro do que a do Boeing 737-500, sendo que o Boeing transportava 120 passageiros contra 50 do ERJ. Além disso a Varig passou a operar somente aeronaves da Boeing, reduzindo os custos. Nesse ano a Varig voltou a voar para Johanesburgo e Cidade do Cabo, mas cancelou o vôo meses depois.
Em Junho de 2005 a Gol passou a Varig no mercado nacional. Também em 2005 a companhia entrou com um pedido de recuperação judicial. Nesse ano a frota da companhia foi reduzida à pouco mais sessenta aeronaves operantes e a Tam já tinha oitenta. Porém a Varig tinha mais que o dobro de funcionários que a Tam. O motivo era que a Fundação Ruben Berta não permitia uma demissão se quer, apesar da frota ter encolhido para menos da metade, os tripulantes de aeronaves já devolvidas à anos atrás , continuavam a receber seus salários mesmo sem voar. Quase sem dinheiro, a companhia vendeu a VarigLog para a VOLO e a VEM para a Tap. Chegaram a especular uma possível compra da Varig pela Tap, mas não aconteceu. Sem dinheiro para pagar o aluguel dos aviões, houveram vários casos em que a aviões da Varig foram apreendidos em aeroportos estrangeiros.
2006 é o último ano da companhia. Em Janeiro, devido à Copa, a Varig voltou a voar para Munique. Em acordo com a Tap, a Varig deixa de voar para Lisboa, deixando o mercado entre Brasil e Portugal exclusivamente para a Tap. Outro vôo cancelado foi para Tokyo, em Janeiro, e com isso a Varig deixou de voar para o Japão (o vôo para Nagoya já tinha sido cancelado em meados de 2004). Em Abril, os funcionários da companhia fretaram um MD-11 da própria Varig e foram protestar em Brasília, mas sem sucesso. Em Junho, a companhia entrou em colapso e quase toda a frota ficou parada, pois se decolassem elas seriam arrestadas pelas empresas de leasing. Em 21 de Junho de 2006, a Varig cancelou todos os vôos para Milão, Madrid, Munique, Paris, Los Angeles, Nova York, México, Montevidéu, Assunção e Bogotá. Com isso a companhia passou a operar somente para Buenos Aires, Caracas, Aruba, Santa Cruz de La Sierra, Miami, Copenhague, Frankfurt e Londres. Vários passageiros ficaram presos no aeroportos da Europa e Estados Unidos, pois nenhuma companhia aceitava os bilhetes da Varig. Em Julho a companhia foi dividida em duas: a "antiga Varig" ficou com toda a divida e a "nova Varig" ficou com a parte saudável da empresa. Foi feito um leilão e houveram boatos de uma possível compra pela Lan e Air Canada, mas a única oferta foi dos próprios funcionários e que nem tinham o dinheiro todo. Um novo leilão foi feito e em 20 de Julho de 2006, e a empresa foi comprada pelo fundo de pensão americano Matlin Patterson (VOLO Brasil), a mesma que comprou a Varig Log . Batizada de VRG Linhas Aéreas, a empresa continuou a operar com o CHETA da antiga Varig até Dezembro.
Em 14 de Dezembro de 2006 a VRG Linhas Aéreas ganhou o seu próprio CHETA e a "Varig - Viação Aérea Rio Grandense" deixou de voar oficialmente colocando fim à seus quase oitenta anos de história.
Fundação : 1927
Principais Aeroportos : Guarulhos, Galeão, Salgado Filho
Sede : Porto Alegre
Aeronaves já operadas : Airbus A300-200, Boeing 707-300, Boeing 707-400, Boeing 727-100, Boeing 727-200, Boeing 737-200, Boeing 737-300, Boeing 737-400, Boeing 737-500, Boeing 737-700, Boeing 737-800, Boeing 747-200, Boeing 747-300, Boeing 747-400, Boeing 757-200, Boeing 767-200, Boeing 767-300, Boeing 777-200, Caravelle, Convair 240, Convair 440, Convair 990A, Curtiss C-46, Douglas C-47, Douglas C-53, Douglas DC-3, Douglas DC-6, Douglas DC-8-33, Douglas DC-10-30, McDonnell Douglas MD-11, De Havilland Dragon Rapid, Dornier Do J Wal, Dornier Merkur, Embraer ERJ-145, Fiat G2, HS-748, Junkers A50, Junkers F-13, Junkers J-52, Klemm L25, Lockheed Electra I, Lockheed Electra II, Lockheed Super G Constellation, Messerschmitt M20, Messerschmitt BF108, Nordwyn UC641.
Code-Share : Integrante da Star Alliance de 1997 à 2007.
Destinos internacionais já servidos : Abdijan, Amsterdã, Aruba, Assunção, Atlanta, Bangkok, Barcelona, Bariloche, Beirut, Bridgetown, Bogotá, Buenos Aires, Caiena, Cancun, Caracas, Chicago, Cidade do Cabo, Copenhagen, Córdoba, Dakar, Frankfurt, Genebra, Georgetown, Guayaquil, Hong Kong, Ilha do Sal, Johanesburgo, La Paz, Lagos, Lima, Lisboa, Londres, Los Angeles, Luanda, Madrid, Maputo, Mendonza, México, Miami, Milão, Montevidéu, Montreal, Munique, Nagoya, Nova York, Orlando, Panamá, Paramaribo, Paris, Port of Spain, Porto, Punta Del Este, Quito, Roma, Rosário, Santa Cruz de La Sierra, Santiago, Santo Domingo, São Francisco, São José, Tokyo, Toronto, Zurique.
Dornier Wal
Hidroavião "Atlântico"
1927-1930 |
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A aeronave Dornier Wal foi a
primeira aeronave da Varig e a primeira
aeronave comercial do Brasil. Com ela a
Varig realizou o primeiro vôo comercial do país na rota
"Linhas da Lagoa", que ligava Porto Alegre, Pelotas e Rio
Grande.
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Dornier B Merkur
Hidroavião "Gaúcho"
1927-1930 |
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O Dornier B Merkur foi a segunda
aeronave operada pela
Varig. Ele veio da Alemanha parcialmente
desmontado em um transatlântico e desembarcou em 16 de Agosto de
1927, em Rio Grande. O avião foi batizado de "Gaúcho" devido à
origem da empresa e operou na "Linha da Lagoa" e para as cidades
de Cidreira, Tramandai e Torres. O Gaúcho também acabou sendo
transferido para a Syndicato Condor,
em 1930.№ total de
aeronaves operadas :
1 Prefixo: P-BAAB |
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Klemm L-25
1929-1935
Os Klemm L-25 transportavam malas postais e realizavam vôos de
propaganda no interior do Rio Grande do Sul.
№
total de aeronaves operadas :
2
Prefixo/Batismo: PP-VAA/Ruyzinho e PP-VAB/Irma |
MESSERSCHMITT Bf 108 "TAIFUN"
26 de Setembro à 24 Novembro de 1936 Conhecido como "Tufão", o Messerschmitt Bf108 era o predecessor do caça alemão na Segunda Guerra Mundial. Tratava-se de um monomotor de asa baixa e trem retrátil.№ total de aeronaves operadas : 1Prefixo: PP-VAJ |
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Junkers A-50
1931 - 1944 |
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Em 1931 chegaram os dois primeiros Junkers A50 da Varig. Eles realizaram propagandas da aviação comercial brasileira e também o transporte de malas postais e cargas de pequenos volumes. Além disso, também foram utilizados como avião-escola.№ total de aeronaves operadas : 3Prefixos: P-BAAE, P-BAAI, PP-VAI. |
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Junkers F-13
1932-1951 |
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O serviço aéreo regular brasileiro deu um grande avanço com a
chegada dos Junkers F-13, em Abril de 1932. Os dois modelos
foram batizados de Livramento e Santa Cruz, o nome das cidades
onde esses aviões serviram por vários anos.№
total de
aeronaves operadas : 2 Prefixos: PP-VAF, PP-VAG |
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Messerschmitt M20 b2
1937-1948 |
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O M20 foi uma das poucas tentativas da Messerschmitt de entrar na aviação comercial. O M20 era a aeronave mais moderna no Brasil, pois possuía banheiro e cabine de comando fechada. Além disso, os passageiros podiam abrir os vidros de suas janelas. O M20 era conhecido como "Vaca" devido ao seu prefixo "VAK".№ total de aeronaves operadas : 1Prefixo: PP-VAK |
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Junkers JU 52/3M
1937-1942 |
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O Junkers 52 fez grande sucesso no mundo inteiro e foi a aeronave de maior sucesso da fabricande Junkers. Na Varig o JU-52 só decolava se o houvesse passageiros suficientes e somente os tripulantes mais experientes podiam pilotá-lo. A aeronave ficou conhecida como "Mauá" e fazia as rotas mais longas da companhia. O avião foi retirado de serviço após um acidente.№ total de aeronaves operadas : 1Prefixo: PP-VAL |
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Dragon Rapid De Havilland
1942-1945 |
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Com ele a Varig realizou o seu primeiro vôo internacional em 5 de Agosto de 1942. A rota tinha duas frequências semanais entre Porto Alegre e Montevidéu. Ele veio equipado com um rádio-goniômetro, mas por falta de uso foi retirado, pois naquele tempo não havia rádio faróis nos aeroportos do interior do Rio Grande do Sul.№ total de aeronaves operadas : 1Prefixo/Batismo: PP-VAN/Chuí |
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FIAT G2
1942-1945 |
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Foi o único modelo construído
pela Aeronáutica d'Itália. Na
Varig, recebeu o
nome de Jacuí, em homenagem a esse rio integração do território
gaúcho, mas devido a sua origem italiana, era mais conhecido
como "Espaguetti".
№ total de aeronaves operadas :
1 Prefixo: PP-VAM |
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Lockheed
L10A/L10E Electra I
1943-1951 |
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Conhecidos como "Electrinhas",
eles cobriram todas as rotas do interior do Rio Grande do
Sul e a rota para Montevidéu. Foi com ele que a
Varig
iniciou a padronização da frota e o serviço de bordo -
Uma caixa de lanches frios era
distribuída aos passageiros pelo co-piloto.
№ total de aeronaves operadas :
3 |
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Douglas DC-3
1946-1971 |
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Com o fim da Segunda Guerra
Mundial, o mundo da aviação comercial foi "inundado" com
aeronaves excedentes da guerra. O DC-3 era
uma delas e se tornou a principal aeronave de milhares de
companhias aéreas por todo o mundo.
№ total de aeronaves operadas :
49 |
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Noorduyn UC-64A Norseman
1947-1950 |
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Foi usado pela Força Aérea Americana durante a Segunda Guerra Mundial. Na Varig, ele operou no transporte de mercadorias.№ total de aeronaves operadas : 1Prefixo: PP-VBE |
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Motores: 2 x Pratt & Whitney R-1340-AN1 Velocidade de Cruzeiro: 180 km/h Peso Máximo: 3357 kg Passageiros: 6 |
Curtiss C-46
Curtiss Super 46C
1948-1971 1955-1967 |
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Assim como o DC-3, o C-46 teve origem na Segunda Guerra Mundial e passou a ser usado como aeronave comercial posteriormente. Na Varig, os C-46 eram configurados somente para passageiros ou para passageiros e carga ou somente para carga. Juntamente com os DC-3, os C-46 operaram nas principais linhas da empresa até a década de 70.№ total de aeronaves operadas : 13 (C-46) e 9 (Super 46C) |
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Os
Convair 240/340/440 foram
desenvolvidos para substituir o DC-3. Na
Varig eles operaram nas principais
cidades brasileiras e em Montevidéu e Buenos Aires. Com eles,
houve uma redução no tempo das viagens, devido à maior
velocidade dos Convairs.
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Lockheed L-1049G Super Constellation
1955-1967 |
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Em Julho de 1995 a Varig dava um grande salto, operando a sua primeira rota intercontinental com os seus três novos Lockheed Super G Constallation. A rota era Buenos Aires - Montevidéu - Porto Alegre - São Paulo - Rio de Janeiro - Belém - Trujilho - Nova York, inicialmente com dois vôos semanais. A Varig investiu na qualidade do serviço de bordo, contratando até mesmo um ex-cozinheiro da família real russa. Para muitos, a comida da Varig era melhor do que de qualquer restaurante no Brasil. O Constallation possuía camas beliche e pela primeira vez a Varig contratou mulheres para fazerem parte da tripulação.№ total de aeronaves operadas : 9Encomendas canceladas: 5 |
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Sud Aviation - SE-210
Caravelle III
1959-1964 |
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Mais uma vez pioneira, em
Setembro de 1959 a era à jato é inaugurada no Brasil pela
Varig com os seus
Caravelles. Inicialmente eles
operaram na rota Rio de Janeiro - Nova York, pois
acabaram chegando antes do Boeing
707. Com a introdução dos jatos o vôo que durava cerca de 25
horas, foi reduzido para 14 horas. A
Varig foi a primeira aérea do mundo a operar com jato puro no aeroporto
de Idlewild, hoje denominado John Kennedy.
№ total de aeronaves operadas :
3 |
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Boeing 707-320
/ Boeing 707-420
1960-1989 |
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Com atraso, em 1960 chegaram
os primeiros Boeing
707 da Varig, na época a aeronave
comercial mais rápida do mundo. Os três primeiros foram do
modelo B707-420, equipados com
turbinas Rolls Royce Conway MK 508. Enquanto os outros foram do
modelo B707-320 equipados com
Pratt & Whitney. Os 707 operaram nas
principais rotas internacionais da companhia e ficou sendo a
maior aeronave da Varig até a chegada do
DC-10, em 1974.
№ total de aeronaves operadas :
3 (400) e 17 (300) |
Motor | 4x Pratt & Whitney JT3D-3 |
Tripulação técnica | 05 (2 pilotos, 1 mec. vôo, 1 navegador e 1 rádio-telegrafista) |
Configuração VARIG (320) | 133 ou 135 ou 138 passageiros |
Configuração VARIG (420) | 127 passageiros |
Consumo normal | 5900 litros/h |
Pista mínima para decolagem | 3060 m |
Pista mínima para pouso | 1900 m |
Prefixo | Modelo | Origem | Destino |
PP-VJA
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B707-441
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Boeing |
uso privado
|
PP-VJB
|
B707-441
|
Boeing |
destruído
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PP-VJJ
|
B707-441
|
Boeing |
uso privado
|
PP-VJH
|
B707-320C
|
Boeing
|
FAB
|
PP-VJK
|
B707-379C
|
Saturn AW
|
destruído
|
PP-VJR
|
B707-341C
|
Boeing
|
destruído
|
PP-VJS
|
B707-341C
|
Boeing
|
Buffalo Airways
|
PP-VJT
|
B707-341C
|
Boeing
|
destruído
|
PP-VJX
|
B707-345C
|
Seaboard World
|
FAB
|
PP-VJY
|
B707-345C
|
Seaboard World |
FAB
|
PP-VJZ
|
B707-345C
|
Seaboard World |
destruído (acidente em Paris -
Orly)
|
PP-VLI
|
B707-385C
|
Buffalo Airways
|
|
PP-VLJ
|
B707-327C
|
destruído
|
|
PP-VLK
|
B707-324C
|
FAB
|
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PP-VLL
|
B707-324C
|
Continental Airlines |
devolvido
|
PP-VLM
|
B707-324C
|
Continental Airlines | devolvido |
PP-VLN
|
B707-324C
|
Continental Airlines | Buffalo Airways |
PP-VLO
|
B707-324C
|
Continental Airlines | Buffalo Airways |
PP-VLP
|
B707-323C
|
American Airlines | Buffalo Airways |
PP-VLU
|
B707-323C
|
American Airlines |
destruído
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LOCKHEED L-188A - ELECTRA II
1962-1992 |
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Elas eram na verdade uma encomenda da Real-Aerovias e a Varig não queria receber as aeronaves, pois elas tinham sofrido vários acidentes nos Estados Unidos. Porém a Amerian Airlines (dona das aeronaves) não aceitou a recusa da Varig, que acabou recebendo. Primeiramente esses aviões ainda realizaram o "Vôo da Amizade" ligando o Rio de Janeiro a Lisboa com escala em Recife e na Ilha do Sal. Depois os Electra II voaram na Ponte Rio - São Paulo, onde fizeram história, voando de Setembro de 1962 à 6 de Janeiro de 1992, totalizando quase trinta anos de serviços prestados nessa linha. De 1975 a 1987 essas aeronaves foram as únicas a operarem a Ponte Aérea Rio - São Paulo, a segunda rota mais movimentada do mundo (perdendo apenas para a de New York-Washington). A Varig acabou encomendando ainda mais unidades e chegou a adquiriu quatorze aeronaves desse modelo. O PP-VJM, primeiro turbo-élice adquirido em 1962, realizou o último vôo de Electra no Brasil em 6 de Janeiro de 1992. A aeronave foi preservada no Museu Aeroespacial de Campos dos Afonsos, no Rio de Janeiro. № total de aeronaves operadas : 15 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Convair 990A
1963-1971 |
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Os três primeiros CV-990 Coronados foram encomendados pela Real Aerovias em 1960, mas devido ao atraso da entrega, foram recebidos pela Varig em 1963. Assim como os Electras II, a Varig não estava muito satisfeita em recebê-los e só os aceitou depois que a Convair provou que eles poderiam fazer as rotas para Los Angeles e Europa. № total de aeronaves operadas : 3 | |||||||||||||
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Douglas DC-8-33
1965-1978 |
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Quando a Panair do Brasil foi fechada, em 1965, a Varig passou a operar os vôos para Europa e incorporou dois DC-8 da Panair. A Varig foi uma das poucas companhias no mundo a operar os principais jatos da época, o B707, DC-8 e CV-990. № total de aeronaves operadas : 2 | |||||||||||
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Douglas DC-6B
1966-1970 |
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Com a compra da Real-Aerovias, a Varig passou a operar os DC-6 nas rotas nacionais.№ total de aeronaves operadas : 5 | |||||||||||||||||||||||||
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Boeing 727-100
1970-2005 |
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Na década de 70, a
Varig começou a renovação da frota
doméstica substituindo os turbo-hélices por jatos
B727 e B737.
Em 1970 a Varig recebeu os quatro
primeiros Boeing 727-100, que
começaram a operar nas rotas nacionais da empresa. Com a compra da Cruzeiro, em 1975, a Varig ampliou a sua frota de 727 e 737. Em 1993 os Boeing 727 passaram a operar exclusivamente como cargueiros. A Varig deixou de ter 727-100 na frota, quando a Varig Log foi vendida em 2005. № total de aeronaves operadas : 6 (passageiros) e 6 (carga) (sem contar os da Cruzeiro)
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Boeing 737-200
1974-2004 |
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Em 1974 a Varig
começou o que seriam o seus dois principais modelos nas décadas
de 70 e 80, o DC-10 e o
Boeing 737. Nesse ano, a
Varig recebeu os quatro primeiros
Boeing 737-200 Super Advanced,
versão criada pela Vasp em parceria com a
Boeing. Os 737 foram
introduzidos nas rotas nacionais, aumentando a oferta de
assentos e a frequência dos vôos. No final da década de
90 os 737-200 foram aposentados, porém com a crise financeira da
empresa, eles voltaram a voar em meados de 2002 e pararam
novamente em 2004.№ total de
aeronaves operadas :
20 (sem contar os da Cruzeiro)
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Douglas DC-10-30
1974-2005 |
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Em Julho de 1974 chegaram os dois primeiros
DC-10-30, os primeiros jatos "wide-body"(fuselagem larga)
da Varig e do Brasil. Essas aeronaves
reuniam a mais sofisticada
tecnologia em propulsão, aerodinâmica, estrutura, eletrônica de
bordo e nos sistemas de controle de vôo, além de luxo e
conforto. Os DC-10 passaram a ser a
principal aeronave para vôos de longo curso da
Varig, substituindo os
Boeing 707. Em 1992 eles começaram a ser substituídos pelos MD-11. Eles foram totalmente desativados em 2000, devido à crise financeira da empresa e a retração na demanda de passageiros para vôos internacionais. A partir dai eles foram exclusivamente utilizados para o transporte de carga. A aeronave deixou a frota da empresa em 2005, quando a Varig Log foi vendida. № total de aeronaves operadas : 13 (passageiros) e 3 (carga)
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Airbus A300B4
1981-1990 |
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Durante muito tempo a Airbus
tentava vender suas aeronaves para a maior companhia aérea da
América Latina, a Varig. Com a compra da
Cruzeiro, em 1975, a
Varig passou a usar a marca Cruzeiro
como "cobaia" para experimentar novas aeronaves, o
A300 foi uma
delas. Em 1980 a Cruzeiro começou a operar o A300B4 e com o sucesso da aeronave, a Varig também começou a operar duas unidades. Na Varig eles operaram nas rotas nacionais e para outros países da América do Sul. O A300B4 fez muito sucesso nos grandes centros, por ser muito silencioso. O A300 foi o maior avião a operar em Congonhas, São Paulo. № total de aeronaves operadas : 2 (Varig) e 2 (Cruzeiro) |
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Boeing 747-200
1981-1995 |
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Já há alguns anos a Varig pesquisava para ver a possibilidade de operar o "Jumbo", mas a aeronave era grande demais para as rotas da empresa, por isso então que a Varig optou pelo DC-10. Mais, finalmente, em Fevereiro de 1981 a Varig recebeu o primeiro Boeing 747. Ela passou a operar na rota Rio de Janeiro - Nova York e inclusive veio dos EUA já transportando os passageiros de Nova York para o Rio. A aeronave era na verdade uma encomenda da Libyan Arav Airlines, mas a venda foi vetada por um embargo comercial e como a linha de produção do 747 estava lotada, a Boeing ofereceu a aeronave para a Varig, que aceitou. A Varig operou o três 747-200 na versão Combi - passageiros e carga e um na versão "full pax" - somente para passageiros. Os 747-200 foram substituídos pelos Boeing 747-300 e 400 e pelos MD-11. A Varig foi a única companhia brasileira a operar o Boeing 747.№ total de aeronaves operadas : 4 | |||||||||||||||||||||||||||||||
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Boeing 747-300
1986-1998 |
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Os dois primeiros chegaram em 1986 e eram da versão Combi, ou seja, uma parte para passageiros e outra para carga. Os outros três chegaram em 1996, esses totalmente para passageiros. A versão "full-pax" foi a aeronave com maior assentos operada pela Varig. Foi um dos 747-300 que, em Dezembro de 1996, apresentou a nova identidade visual da Varig. A antiga pintura foi uma das mais duradoras da história da aviação, com quase cinqüenta anos. O 747-300 foi a versão do 747 que ficou mais tempo na Varig. A partir de 1994, somente a versão 300 do 747 operava na frota. O último Boeing 747 operou em 1998 na rota Manaus - São Paulo, encerrando as operações com a maior aeronave operada pela Varig. № total de aeronaves operadas : 5 | ||||||||||||||||||||||||
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Boeing 737-300
1987-2006 |
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Os primeiros
Boeing 737-300 chegaram
em 1987 e foram substituindo os Boeing 737-200 e aumentando a
frota. Em 1992, o Boeing 737-300 substituiu o famoso
Electra II
na ponte Aérea Rio - São Paulo. O modelo então se tornou a
principal aeronave nos vôos nacionais e ainda fazia vôos para a
América do Sul; como Buenos Aires, Montevidéu, Córdoba, Rosário,
Santa Cruz de La Sierra, La Paz e
Assunção. Em 2000 a Rio Sul começou a operar
Boeing 737-300
também. Eles foram destinados para a ponte aérea, a mais nova
rota da Rio Sul. A
Nordeste também começou a receber
Boeing 737-300 para aumentar a oferta de assentos. Com a fusão da
Rio Sul e Nordeste com a
Varig, o objetivo era padronizar a frota,
substituindo todos os 737-500 por
300, mas a Varig acabou
falindo antes de substituir todos.
№ total de aeronaves operadas :
41 (Varig) / 4 (Rio Sul) / 3 (Nordeste) Encomendas canceladas: 10 Nº de passageiros: 118 e 120 (duas classes), 128 (duas e uma classe), 132 e 136 (uma classe) passageiros Peso máximo de decolagem: 61235 kg Velocidade de cruzeiro: 800 km/h Motores: 2x CFM International CFM-56-3B1-B2, de 22.000 lbs. de empuxo cada um. |
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Boeing 767-200
1987-2003 |
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Em Março de 1987 a Varig
recebeu o primeiro Boeing 767.
Porém o primeiro veio da Taca Internacional,
que operou antes dos Boeing 767-200
chegassem da fábrica da Boeing. O primeiro vindo diretamente
de fábrica, recebeu o prefixo PP-VNN e foi o primeiro a ser entregue
com motores General Electric CF6-80C2B2. Essas
aeronaves são equipadas com o sistema Flight Management
System, que possui um banco de dados com todas as
informações referentes a performance do avião. As rotas dos 200 foram assumidas pelos
767-300 e MD-11. A
Varig cogitou a possibilidade de utilizá-los
somente para fretamentos, mas 2003 a GE Capital Aviation
Services obrigou a Varig a devolver todos os
767-200 por falta
de pagamento de leasing.
№
total de
aeronaves operadas : 8
|
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Boeing 767-300
1989-2006 |
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Inicialmente a Varig recebeu quatro
767-300ER de
fábrica. Em 1997 recebeu mais dois e com a retirada dos
767-200,
em 2003, a Varig compensou a perda com mais dois. Tentando padronizar a frota, a
Varig chegou a anunciar
a retirada de todos os 767 da frota, porém eles permaneceram na
empresa até a sua falência em 2006.
№ total de aeronaves operadas :
10 Nº de passageiros: (duas classes) Peso máximo de decolagem: 159.210 kg Velocidade de cruzeiro: 865 km/h Motores: 2x General Electric CF6-80C2B2, de 61.500 lbs. de empuxo cada um |
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Boeing 747-400
1991-1994 |
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O Boeing 747-400 foi o maior avião operado pela Varig. Eles começaram a voar na empresa em Dezembro de 1991 na rota São Paulo - Roma. A versão 400 tem winglets nas pontas das asas, que reduzem o atrito aerodinâmico, consequentemente o consumo de combustível. Os 400 ficaram pouco tempo na frota, porque eles foram negociados em moeda japonesa, que sofreu uma alta valorização, tornando impossível lucrar com essas aeronaves. Em 1994 todos os 747-400 já haviam sido devolvidos, restando apenas os 747-300 na frota. № total de aeronaves operadas : 3 | |||||||||||||||||||||||||||||||
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McDonnell Douglas MD-11
1991-2006 |
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A Varig foi a primeira empresa da
América Latina e uma das primeiras do mundo a operar o
MD-11. Eles começaram a voar na
rota São Paulo - Rio de Janeiro - Paris - Amsterdã. Sua cabine é
totalmente computadorizada, com painéis em sistemas digitais. O
MD-11 traz aletas nas pontas das asas reduzindo
o atrito aerodinâmico e economizando cerca de 15% de
combustível. Os dois primeiros MD-11, PP-VOP e PP-VOQ foram
oficialmente entregues a Varig em 12 de Novembro de 1991. O
MD-11
passou a ser então a principal aeronave da
Varig para vôos
internacionais. Com a crise no setor e principalmente na própria
Varig, os 747 e
DC-10 foram todos substituídos pelos
MD-11 ainda
na década de 90. Porém surgiram no mercado o A340 e o
Boeing
777, mais econômicos e avançados que o MD-11. As companhias
estrangeiras competiam com a Varig usando os seus
A340 e 777 e
além disso a Tam começou a voar para Europa e Estados Unidos com
o A330, também mais avançado que o
MD-11 e oferecendo telas
individuais de entretenimento na classe econômica, coisa que não
tinha em nenhuma aeronave da Varig. Com isso, a
Varig trouxe em
2001 o Boeing 777, anunciado como o substituto do
MD-11.
Mas a Varig estava sem dinheiro para bancar a substituição e os
MD-11 acompanharam a empresa até a sua "falência" em 2006. Em 2005 a Varig trocou alguns dos seus MD-11 pelos da Swiss, com leasing muito mais barato. No mesmo ano, a Varig Log tornou-se a primeira companhia da América Latina a operar o MD-11 cargueiro.№ total de aeronaves operadas : 26 Encomendas canceladas: 4
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Boeing 737-700
1997-2006 |
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A Varig foi a primeira companhia aérea da América Latina a receber um Boeing 737-700. O primeiro chegou em 1997 diretamente de fábrica. Porém com a crise financeira, a Varig só recebeu cinco dos sete que havia encomendado. E ainda devolveu três. Os últimos dois que sobraram ficaram na empresa até a sua falência em 2006. Os 700 operaram em rotas nacionais (até mesmo na ponte aérea Rio - São Paulo) e nas rotas para a América do Sul. Com frise financeira da empresa e a constante devolução de aeronaves, a Rio Sul chegou a operar todos os Boeing 737-700 para cobrir as rotas operadas por aeronaves devolvidas.№ total de aeronaves operadas : 5 (Varig e Rio Sul)
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Boeing 737-400
2000-2006 |
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Com o aumento da demanda no mercado
nacional, a Varig alugou quatro
Boeing 737-400 em 2000, todos
ex-Transbrasil.
Inicialmente foram usados nas rotas para o Sul do Brasil,
principalmente para Porto Alegre e foram devolvidos em 2004. Mas
no ano seguinte, a empresa recebeu novamente quatro
737-400, que
operaram até a falência em 2006. № total de aeronaves operadas : 8 Nº de passageiros: 142 e 146 (duas e uma classe) e 156 (uma classe) passageiros Tripulantes: técnica 3, cabine 5 Peso máximo de decolagem: 68.040kg Velocidade de cruzeiro: 797 km/h Motores: 2 X CFM International CFM56-3C1, de 23.500 lbs. de empuxo cada um. |
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Boeing 737-800
2001-2006 |
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Mais uma vez pioneira, a Varig anunciou a encomenda dos novos Boeing 737-800 e Boeing 777-200. Em 2001 recebeu o primeiro 800, sendo a primeira da América Latina a operar o modelo e ainda a primeira a utilizar um 800 com Winglets, que reduz o consumo de combustível. Os dois 800 resistiram na frota da empresa até a sua falência em 2006. A empresa de leasing chegou a oferecer mais quatro 757 em troca dos dois 737-800, mas a Varig não queria se desfazer de suas aeronaves modernas. № total de aeronaves operadas : 2 | ||||||||||||||||
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Boeing 777-200
2001-2006 |
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A Varig foi a primeira companhia na América Latina a operar o 777. A aeronave era super moderna e finalmente colocava a Varig em igualdade com o A330 da Tam e as concorrentes estrangeiras. Os dois primeiros chegaram em Setembro de 2001, direto da fábrica da Boeing. As novidades eram várias, entre elas : internet à bordo e telas individuais na classe econômica. Porém a Varig não tinha dinheiro para novas aeronaves e a companhia recebeu apenas duas unidades. Os dois 777 foram batizados de "Otto Meyer" e "Ruben Berta", os dois principais nomes na história da empresa. Os dois 777 foram as duas últimas aeronaves "zero km" da Varig. O primeiro vôo aconteceu em Novembro, na rota Rio - São Paulo - Londres - Copenhagen e depois na rota São Paulo - Paris - Amsterdã. Com pressa para substituir os MD-11, a Varig começou a adquirir Boeings 777-200 usados, porém esses, por serem velhos, não estavam em boas condições internas e além disso a companhia não tinha dinheiro para reformar as aeronaves. A Varig chegou a operar simultaneamente oito 777, mas não era o suficiente para substituir todos os MD-11. Apesar de estarem na frota da companhia, quase todos os 777 foram impedidos de voar em 2006 por falta de pagamento de leasing. Depois da "falência" um dos Boeing 777 da Varig foi o primeiro do mundo a virar sucata, o PP-VRD.№ total de aeronaves operadas : 8
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Boeing 757-200
2004-2006 |
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Quando a Boeing anunciou o fim da
produção do Boeing 757, o leasing da aeronave despencou e a
Varig
aproveitou para adquirir quatro unidades ex-Iberia,
em Setembro de 2004. O 757 foi o
último modelo de aeronave incorporada na frota da
Varig, fazendo com que a
Varig tenha operado todos os jatos
da Boeing, do 707 ao
777, com exceção do
717. Eles chegaram em 2004 e foram
destinados para rotas nacionais de maior demanda e rotas na
América do Sul. A Varig lançou a campanha do
757 como a
aeronave mais confortável em operação no Brasil. A
Varig tentou procurar no mercado
novas unidades, mas não conseguiu fechar nenhum acordo.№
total de aeronaves operadas :
4 Encomendas canceladas: 2 |
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